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Candidíase mamária e o Aleitamento Materno

por | 23/05/2018

As lesões mamilares durante a amamentação são frequentes e podem estar associadas a diversos fatores, dentre eles, o abocanhar incorreto do bebê no mamilo da mãe, a posição incorreta do bebê, o preparo inadequado dos mamilos antes de se iniciar a mamada e/ou as infecções mamilares. Além disso, podemos associar alguns traumas mamilares, com características especificas, à infecção local por fungos. Os fungos fazem parte da flora normal da nossa pele e, em condições favoráveis para a sua proliferação (como calor e umidade) a infecção se instala, causando desconforto intenso, com dores agudas em forma de pontada (mesmo quando não se está amamentando), ardor, coceira, dificuldade na cicatrização de fissuras, descamação e até um leve esbranquiçamento na área mamilar.

A Candida albicans é a principal espécie do gênero associada à infecção fúngica, porém outros agentes também são relatados, como a Candida tropicalis, Candida glabrata, Candida krusei, Candida parapsilosis, Candida kefir e Candida guilliermondii. Ainda são necessários mais estudos para identificar o que predomina nas fissuras mamilares.

A candidíase mamária necessita de tratamento adequado, preferencialmente no inicio dos sintomas, pois o avanço do quadro doloroso e a piora das lesões mamilares são, frequentemente, causadores do abandono precoce da amamentação.
O tratamento convencional para candidíase mamária inclui desde orientações de higiene, mudanças na alimentação, uso de antifúngico tópico e, em alguns casos, medicação por via oral.

Mesmo que o bebê não apresente lesões na boca, tratá-lo também é necessário, pois por estar em contato direto com o mamilo da mãe, o bebê pode também desenvolver os sintomas da doença (placas brancas na língua, gengiva e lábios) conhecido popularmente como sapinho.

Uma inovação no tratamento da candidíase mamária, e que tem apresentado resultados satisfatórios, é o uso da laserterapia de baixa intensidade. A aplicação de laser no local afetado promove a oxigenação celular, tem ação antifúngica, diminui a dor e acelera o processo de cicatrização dos tecidos. Esse tratamento deve ser realizado por laserterapeuta habilitado e que conheça as particularidades do processo de amamentação. Os resultados podem surgir imediatamente após a primeira aplicação, mas na maioria dos casos são necessárias mais aplicações para a eliminação completa dos fungos. No surgimento dos sintomas citados acima, busque o auxílio de uma Consultora em Aleitamento Materno.

Karina Fernandes Trevisan é mãe do Gabriel e do Lucas, formada em enfermagem obstétrica pela Unifesp, mestre em saúde materno infantil e doutora em cuidados em saúde, ambas pela USP. Trabalhou com a assistência ao parto humanizado em sala de parto e como diretora de serviços de enfermagem na implantação de ações na humanização da assistência. Desde 2007 atua no atendimento a parto domiciliar e hospitalar, englobando pré natal, parto e pós parto.

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