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7 mitos do parto normal

por | 09/12/2020

Mulher com mais de 40 anos, com uma ou mais cesáreas, bebê muito grande (…). São muitos os mitos que envolvem o parto normal, por isso, nossa Parteira Thais Bernardo selecionou 7 deles para ajudar as famílias a entenderem melhor quais são, de onde surgiram e quais os ricos reais que cada decisão traz para o parto. Como sempre gostamos de reforçar, informação é poder!

 

  1. Bebê sentado não pode nascer de parto normal

Em torno de 96% dos bebês ficam cefálicos na última semana de gestação. Chamamos de cefálica a posição na qual a cabeça do bebê está encaixada na pelve materna. No entanto, em torno de 2 a 3% dos bebês assume a posição pélvica (de bumbum ou podálico). Esses bebês podem sim nascer de parto normal, desde que acompanhados por uma equipe experiente, já que existem algumas manobras que podem ser necessárias para facilitar o nascimento saudável.

São poucas as equipes que atendem parto pélvico no Brasil. Em sua formação, os médicos não recebem treinamento adequado para atender bebê pélvico. Por isso, a chance de ter uma complicação e o profissional não saber administrar é grande. Portanto, se a equipe não tem treinamento e experiência, a cesárea acaba sendo uma opção mais segura.

 

  1. Gêmeos não podem nascer de parto normal.

No caso de gestação gemelar, alguns pontos de atenção precisam ser vistos como se a placenta é única e qual a posição dos bebês, apenas com essas informações é possível avaliar os ricos e, junto à família, tomar a melhor decisão para o parto. É importante destacar que  no caso de gêmeos, temos dois nascimentos, portanto, pode acontecer de o primeiro bebê nascer de parto normal e o segundo precisar de uma cesárea.

Outro ponto importante é que o nascimento de gêmeos não é um parto considerado de risco habitual, portanto, não é usual que aconteça em casa e nem em casa de parto: a recomendação é que a assistência seja feita em ambiente hospitalar.

 

  1. Precisei de cesárea porque o bebê fez cocô na barriga

Cerca de 40% de bebês eliminam mecônio (nome dado as primeiras fezes do bebê) ainda no útero, antes de nascer. Principalmente após  40 semanas de gestação devido à sua maturidade. A liberação do mecônio não faz mal ao bebê . O grande risco nesse caso é ele aspirar esse conteúdo, no entanto, isso só acontece no caso de bebês que apresentam um possível redução da oxigenação intra útero e, durante o trabalho de parto, o bebê costuma dar alguns sinais de que está entrando nessa condição. Por isso, o monitoramento frequente dos batimentos cardíacos é fundamental. Essa condição é conhecida por Síndrome de aspiração meconial e pode acontecer inclusive na cesárea. As complicações da aspiração de mecônio são sérias, porém tem baixa incidência.

  1. Cordão enrolado no pescoço

Dentro da barriga da mãe o bebê está no meio aquático e enquanto há espaço, ele faz mil manobras. Nessas acrobacias ele pode enrolar o cordão no pescoço (até mesmo em várias voltas). Essa é uma condição normal que não traz nenhum risco ao bebê. O cordão é bem gelatinoso e seu contato com o bebê não diminui o fluxo sanguíneo.

 

  1. É preciso do corte na vagina para ajudar o bebê a sair?

O corte na vagina (episiotomia) surge com a promessa de que um corte controlado, ao contrário da laceração que pode ocorrer durante a passagem do bebê, traria menos danos. NO entanto, as evidências científicas já provaram que a incidência de laceração grave é muito, muito pequena e não justifica cortar todas as mulheres para evitar essa condição. A laceração causada pela episiotomia sempre é pelo menos de segundo grau (atinge a musculatura) prejudicando a recuperação no pós-parto, aumentando a dor e dificultando o retorno à atividade sexual no pós-parto.

 

  1. Mulheres com quadril largo tem mais facilidade para parir

A pelve feminina possui formatos diferentes e alguns deles facilitam mais a passagem do bebê do que outros, no entanto, isso não tem relação alguma com o tamanho do quadril. Não é possível saber sobre a bacia antes do parto, a pelve precisa ser testada. Há casos em que ocorre o que chamamos de desproporção cefalo pélvica que é quando o bebê não consegue passar pela pelve materna mas isso só pode ser detectado durante o trabalho de parto, já com dilatação total e sem progressão do bebê através da pelve por algumas horas.

 

  1. Não tive passagem

A falta de passagem é um dos maiores mitos do parto normal. Não existe isso de não ter passagem: toda mulher dilata se lhe for permitido entrar em trabalho de parto e aguardar o tempo necessário para que seu corpo faça o que é preciso.

 

Thais Rodrigues Bernardo é Parteira da Commadre e idealizadora do Curso Parto sem Neura

 Foto: Cibele Barreto 

 

 

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