“Será que terei ou estou produzindo leite suficiente para amamentar meu filho?” Se você está grávida ou já está com o seu bebê nos braços e essa pergunta surgiu na sua cabeça, saiba que não está sozinha!! Muitas mulheres compartilham esse medo durante a gestação e nos primeiros dias e semanas após a chegada do bebê. Neste post, vamos trazer dicas de como lidar com essa insegurança para que você se sinta mais tranquila e confiante nesse processo tão importante para o seu bebê e para você.
Por que nos sentimos inseguras sobre a produção de leite materno?
Primeiro, é importante entender que existe toda uma indústria que lucra (e lucra muito) ao fazer as mulheres desacreditarem do seu potencial de amamentar seus filhos, de não querer amamentar ou de desistir na primeira dificuldade. A cultura do leite artificial vem sendo implementada há muitos anos no Brasil e fazendo com que as mulheres já engravidem sabendo que não querem amamentar em um senso comum de que o leite artificial têm os mesmos benefícios que o leite materno (não tem) e que é mais prático (não é).
Dito isso, precisamos entender que a produção do leite materno é um processo dinâmico, que depende de vários fatores. A quantidade de leite não é algo fixo, e pode variar ao longo do dia ou de acordo com a necessidade do seu bebê. O leite materno é produzido por demanda: quanto mais o bebê suga, mais seu corpo entenderá que ele precisa e mais leite irá produzir. Sim, nosso corpo é maravilhoso. E, não: não precisa preparar as mamas para amamentar.
É muito importante saber também que o início da amamentação pode ser desafiador para muitas mães. Nessa fase, algumas dificuldades comuns podem surgir:
- Dificuldade na pega correta do bebê
- Insegurança quanto ao tempo e a frequência das mamadas
- O leite pode demorar um pouco mais para descer nos primeiros dias
- Medo de que o bebê não esteja mamando o suficiente
Ter informações corretas sobre a amamentação ainda na gestação vai te ajudar a estar muito mais preparada quando o bebê chegar, por isso, recomendamos fortemente que a mulher e/ou casal faça uma consulta de amamentação ainda no pré-natal para que possam entender e se preparar melhor para essa fase.
Confie no seu corpo: ele está preparado!
O corpo da mulher foi feito para amamentar. Após o nascimento do bebê, o corpo começa a produzir leite de forma gradual, o chamado colostro e, como vimos anteriormente, a quantidade vai se ajustando conforme o bebê vai mamando. É a amamentação em livre demanda (sempre que o bebê pedir) que ajuda a estimular essa produção, garantindo que o leite seja produzido de acordo com a necessidade do bebê. Por isso, é muito importante não oferecer o peito com horários fixos e sim sempre que o bebê pedir já que ele mesmo ajustará essa demanda.
A pega correta é essencial para o sucesso da amamentação
Uma das principais causas de dor e desconforto durante a amamentação é a pega incorreta. Uma pega inadequada pode fazer com que o bebê não consiga extrair leite corretamente, o que pode gerar a sensação de que você não tem leite suficiente.
Se sentir dores intensas ou perceber que o bebê não está ganhando peso como esperado, é importante buscar ajuda de uma Consultora em Aleitamento Materno para corrigir a técnica de amamentação, promover alívio da dor e cuidar de possíveis fissuras, sob o risco de prejudicar toda a jornada da amamentação.
Não tenha vergonha de buscar ajuda
Se você está com dificuldades para amamentar ou tem medo de não estar produzindo leite suficiente, uma consultoria de lactação pode ser a solução ideal. Consultoras especializadas podem te ajudar a entender melhor o processo de amamentação, orientar sobre a melhor forma de pegar o bebê (alternando posições), tirar dúvidas sobre a produção de leite e corrigir caso algo não esteja bem, evitando problemas futuros mais graves. Às vezes, um simples ajuste na posição ou na frequência das mamadas é suficiente para que tudo se encaixe corretamente e a amamentação flua.
A amamentação pode ser desafiadora, especialmente nos primeiros dias, mas é fundamental lembrar que você não está sozinha. Conversar com outras mães e participar de grupos de apoio à amamentação pode fazer toda a diferença nessa fase. É essencial também que o(a) companheiro(a) seja participativo e presente nos cuidados com o bebê e com a casa, deixando a mãe mais “livre” para se dedicar à amamentação. O suporte emocional é tão importante quanto a orientação técnica.
Fique atenta aos sinais
Embora os bebês não falem, existem alguns sinais que nos ajudam a identificar se a amamentação está indo bem:
- O bebê mama com intensidade e parece satisfeito após a mamada
- Aumento do número de fraldas molhadas e sujas
- Bebê parece tranquilo e bem alimentado entre as mamadas
E claro: esteja atenta também à você: o estresse e a ansiedade podem interferir na produção de leite. Lembre-se de que cuidar de sua saúde mental e física também é crucial para garantir o sucesso da amamentação. Tente descansar o máximo possível, manter-se bem alimentada e beber bastante água.
É normal sentir insegurança em relação à amamentação, mas acredite: você tem tudo o que é necessário para amamentar o seu bebê. Estamos aqui para ajudar você nesse momento tão importante: se precisar de orientação, conte com a equipe de consultoras de amamentação da Commadre
Fotos utilizadas no post: Helena Lopes e Luiza Braun
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