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Por quê EOs e Obstetrizes precisam conhecer sobre Assoalho Pélvico?

por | 05/09/2018

Essa é uma dúvida que recebemos com certa frequência aqui na Commadre. Por conta disso, decidi escrever aqui no Blog para vocês. Bom, como vocês sabem, o Assoalho Pélvico (AP) é a base de sustentação do corpo do ser humano, e não somente da mulher – como algumas pessoas imaginam. O assoalho sofre com todas as alterações que acontecem no nosso corpo ao longo da vida, podendo acarretar danos à nossa saúde. Ter um AP frágil e danificado pode interferir diretamente na qualidade de vida e, em se tratando de gestantes, o AP sofre alterações tanto no período gestacional quanto no parto.

Embora os estudos mostrem que a gestação traz mais danos para o AP do que o parto, não podemos negar que o nascimento causa um estresse nessa musculatura, o que pode também culminar com as patologias associadas a essa região, sendo as mais conhecidas: as incontinências (urinária, fecal e de flatus), prolapsos de órgãos pélvicos e a dispareunia (dor na relação sexual). Essas patologias também estão associadas ao mal preparo do AP para o parto e ao não cuidado adequado oferecido pelo profissional de saúde durante a assistência pré-natal.

Preparar o AP da mulher para o parto engloba exercícios perineais para o fortalecimento dessa musculatura, além de orientação e supervisão para o uso do EPI-NO (equipamento utilizado para a preparação perineal) no final da gestação. Os cuidados diretos voltados para essa região durante o parto também são importantes para minimizar os danos, por exemplo, muitos estudos mostram que a epsiotomia (corte no períneo na hora do nascimento do bebê) causa risco aumentado nas mulheres para o desenvolvimento de incontinência urinária, incontinência fecal e dor na relação sexual. Infelizmente muitos profissionais ainda utilizam a prática sem ter conhecimento sobre os riscos.

Além disso, as posições de parto também podem ocasionar danos ao AP. Hoje em dia, sabemos que a posição que mais protege o períneo durante o nascimento do bebê é a Lateral Esquerda  (também conhecida como posição de SIMS) e a que mais traz prejuízo para o expulsivo é a litotômica (mulher deitadas em posição ginecológica com as pernas para cima); Sabemos também que compressas quente e úmida no expulsivo diminui a laceração perineal, por exemplo, entre outras técnicas que ensinamos no nosso curso de Atualização em Assoalho Pélvico.

Por isso, as enfermeiras que atuam na assistência pré-natal e ao parto tem por obrigação ter conhecimento sobre como preparar o períneo da mulher para o parto e como cuidar dessa região no nascimento e no pós parto. Identificar patologias e encaminhar aos profissionais que atuam na reabilitação da força muscular do AP, os fisioterapeutas da saúde da mulher, também é importante para fortalecer o trabalho transdisciplinar. Quem ganha com isso? A mulher!

 

Karina Fernandes Trevisan

 

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