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Será que eu tenho perfil para ser Doula Pós Parto?

por | 17/04/2018

Está em transição de carreira e quer saber se acolher mulheres no pós-parto poderia ser sua nova profissão? Já atua no cuidado à gestantes e acha que a formação de Doula Pós Parto poderia agregar ao seu trabalho? Que tal entender melhor quem são essas profissionais?

Como no Brasil ainda não temos muito difundida a cultura de que é possível, sim, ter ajuda no Pós-Parto, muitas das mulheres que atuam como Doulas Pós Parto são aquelas que tiveram puerpérios difíceis e hoje se colocam à disposição para ajudar outras mulheres a passar por essa fase de forma mais leve.

Outro perfil de Doula Pós Parto são de mulheres que se identificam com o trabalho realizado pelas Doulas mas que não tem o perfil (ou a disponibilidade necessária) para sair de casa à qualquer momento (inclusive durante a madrugada) para atender partos. Para algumas pessoas a manutenção de uma rotina um pouco mais fixa na vida é um valor importante. Nesse caso, trabalhar com pós parto pode ser muito mais organizado já que permite um planejamento dos atendimentos. Ainda que a Doula Pós Parto receba alguns chamados que não podem esperar, eles não são tão urgentes quanto um trabalho de parto.

Outra vantagem da carreira de Doula Pós Parto para as mulheres que são mães – especialmente de crianças pequenas – é a possiblidade de ajustar sua rotina de atendimentos aos cuidados com os seus filhos, por exemplo. Como o período que engloba o puerpério dura em média 2 anos, os atendimentos podem começar semanalmente, depois virarem quinzenais e até mesmo se manterem mensais após um tempo. Tenho mães que acompanho há um ano, um ano e meio, e mensalmente nos encontramos no nosso espaço-tempo, onde ofereço um cuidado especial à essa mulher.

 

Maturidade emocional

Há ainda algumas Doulas que criam um vínculo forte com a mulher no parto e que gostariam de continuar acompanhando-a no pós-parto mas quando se deparam com algumas questões mais complexas que podem surgir, percebem que lhes falta recurso, principalmente emocional, para lidar com essa fase tão delicada. Nesse caso, acredito, o autoconhecimento é fundamental, já que ao olharmos com compaixão e afeto as nossas questões, e respeitarmos a nossa história,  adquirimos maturidade emocional  e estamos livres para olhar as questões do outro.

Outro fator que considero uma peça importante na formação de uma Doula Pós Parto é o conhecimento das terapias holísticas integrativas, recursos que podem auxiliar nos cuidados oferecidos. Aliás, muitas das mulheres que estão em busca de formação de Doula Pós Parto são aquelas que, após o parto, descobriram o quão transformadora é a maternidade e partem, então, em busca de autoconhecimento. Independente se essa mulher vai atuar como Doula Pós-Parto ou não, as experiências vividas na formação vão agregar (e muito) seu processo de descoberta de si mesma.

 

Priscila Castanho é Doula Pós-Parto, Consultora em Aleitamento Materno, Reikiana, Massoterapeuta, Instrutora de Shantala e Coordenadora do Curso de Formação de Doula Pós Parto da Commadre.

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